Requalificação
Chuvas soam o alerta em obras da Osório
Os trabalhos estão previstos para terminarem em março, porém a previsão é de que em janeiro já estejam concluídos.
Paulo Rossi -
As frequentes alterações de fluxo, dificuldade de trânsito e obstáculos na General Osório em função da obra de requalificação no local não são mais a única preocupação de quem utiliza e, principalmente, reside ao longo da via. Da tarde da última terça-feira até a madrugada de quarta, quando choveu 85 milímetros, o que foi equivalente a 85,4% do previsto para todo o mês, a rua alagou, subindo água na calçada, entrando em casas e sendo jogada, inclusive, para os acessos paralelos. O quadro fez soar o alerta para a eficiência do sistema de drenagem projetado e a possibilidade de se estar frente a um problema que até então não existia.
Não existia, pelo menos, nestas proporções. A moradora Fabiana Sehn, conta que anteriormente as obras, em situações de muita chuva como esta do início da semana, até ocorria o acúmulo de água, porém apenas no meio da rua. Desta vez, em função do corredor de ônibus estar no mesmo nível da calçada, observou que a água subiu o meio fio e também teve dificuldades para escoar. "A gente fica com receio, mas está na torcida de que não se torne algo recorrente depois que concluído", diz preocupada. Em uma padaria, a água chegou a entrar no estabelecimento, algo que, segundo funcionárias, jamais havia ocorrido. Mesmo que não tenham sido registrados prejuízos, a possibilidade de que volte a ocorrer é motivo de apreensão.
Na visão do ex diretor do Centro Politécnico da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) e professor doutor livre docente em Portugal, Paulo Guterres, ainda é cedo para se preocupar. Para Guterres, somente após o término da obra será possível avaliar a eficiência do sistema de drenagem, que neste momento, acredita não estar em funcionamento. Outro fator que cita é o fechamento das bocas de lobo no lado da construção do corredor. Sem elas, combinado com o sistema que ainda não está interligado, acabou acontecendo o acúmulo observado. "Iremos ver se o canalete feito entre o corredor e o meio fio é eficiente somente quando tudo estiver pronto. No entanto, apesar de não conhecer o projeto, acredito que este considera o histórico da quantidade de chuva do município para a escolha de diâmetro dos canos. É preciso estar atento ainda para caso chova pouco e já se note o alagamento."
O coordenador da Unidade Gerenciadora de Projetos da prefeitura (UGP), Jair Seidel, confirma a fala de Guterres. Segundo Seidel, o sistema de escoamento não está funcionando e, somando a isto, há muitos entulhos da obra ao longo da via, o que obstrui o fluxo da água. O coordenador reforça ainda que a drenagem projetada para a via deve tornar o processo ainda mais rápido do que atualmente. As obras estão previstas para terminarem em março, porém a previsão é de que em janeiro já estejam concluídas.
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